sexta-feira, maio 26, 2006

Não continuar...

Começar é fácil. Acabar também. O difícil é sempre continuar. É como o Amor.

O início é sempre entusiasmado, saltando entre o fascínio e a embriaguez. Tentamos chegar ao outro: "ninguém tem necessidade de falar do amor se não é para alguém". O começo pode nascer de um impulso, de alguma irracionalidade. O começo é inocente, despreocupado e descomprometido. Não vemos implicações. É sempre apaixonante.
O começo de todos os projectos também é assim: temos muitas ideias aliciantes, imaginamos projectos mirabolantes que implicam concretizações ultra sofisticadas. Idealizamos, somos capazes de tudo– imprimir a nove cores (onde o dourado seria ouro verdadeiro!)

Acabar também é simples. Mesmo em situações mais dolorosas, é sempre uma página que se vira, um recomeço. Fica decidido. Passa para trás, para as páginas da nossa memória. O fim pode ser a solução recorrente quando todas as nossas expectativas (derivadas da excitação inicial) falham e não se concretizam tal e qual as tínhamos pensado inicialmente. Acaba-se, também, quando não há mais nada a fazer, quando não temos mais nada a acrescentar. É um fim óbvio e que já esperavamos.

Muitas vezes me perguntaram como tive coragem para começar este diário (logo tu?!). Eu respondia que começar é sempre muito simples, até ao momento em que se começam a pôr em causa algumas coisas, e começam a aparecer situações que nos abalam. Nessa altura temos dois caminhos: acabar, que é a solução mais fácil (o que começa rapidamente pode terminar); ou continuar...
O começo, acelerado e descontrolado, logo se aloja no quotidiano e na banalidade do dia a dia. Por isso manter este diário (o desejo de um projecto) é mais difícil. É também mais trabalhoso, implica uma ambição. A continuidade integra-se na rotina, mas precisa sempre do tal elemento provocador, do inesperado, de muita dedicação e vontade. Continuar não é uma atitude passiva, implica a superação constante. É sempre difícil. O importante é encontrarmos prazer (Amor) nesta rotina. É um gozo instantâneo, à flor da pele, que se alimenta a si mesmo (com imprevistos, derrotas, conquistas, altos e baixos).

Por tudo isto, é sempre importante sermos honestos. Connosco e com os outros. Da honestidade faz parte aceitarmos aquilo que somos e não querermos ser outra coisa. Não arranjar artifícios, não enganar. Porque nunca imaginei um dia escrever este diário, expondo-me desta forma. Acabei por o ir fazendo aos bocadinhos...

Porque há coisas que não são para se perceberem, e esta é uma delas. Esta história não tem continuidade.

terça-feira, maio 23, 2006



© R. Barthes

domingo, maio 21, 2006

Ontem


houve jantar e pratos limpos.

sexta-feira, maio 19, 2006

são os Últimos episódios


da primeira série. Entretanto preparam-se os próximos episódios desta história, numa azáfama de catering, décors, fotografia de cena... Argumentistas reunem-se para definir a continuidade e apresentarem novidades COMING SOON!

Aguardo resposta


A pergunta pode ser encontrada num clássico azul bébé muito giro, que costuma estacionar na minha rua, sabes qual é?!
Depois de o descobrires, o resto é muito mais fácil...

quinta-feira, maio 18, 2006

Mundo Fantasma



Esta é também uma parte da minha história , onde o Agostinho se chama Josh, e a Lilli Enid.

quarta-feira, maio 17, 2006

Cá na América

Tenho uma tia, que sempre que lhe contamos algo insólito diz a frase: "isso não é cá, é lá na América". Em tom de brincadeira, lá em casa adoptamos todos esta frase para algo fora da vulgaridade. Tenho-me perguntado o que ela diria deste meu desvio "americanizado"... Escrever cartas de amor? Apaixonada por um rapaz que se chama Agostinho? Mas isso já não se usa! Não! Pode lá ser! Isso é na América!
A propósito, um amigo meu, disse-me outro dia, que se estivessemos na América, provavelmente já me tinhas processado por danos contra a integridade psíquica e moral. Não compreendem o Amor! Não estás a pensar fazer isso pois não?

Quero saber

Na biblioteca:
cota 82A/197, pág 179 +
cota 30/62, pág 3 +
cota 77/213, pág 37 +
cota 74C/06, pág 94/5

Mudança de planos, a frase a decifrar é outra (a morada era muito comprida, e ias perder muito tempo até completá-la). Agora segue-se uma perguntinha. Deves inserir a outra letra nesta frase...

terça-feira, maio 16, 2006

segunda-feira, maio 15, 2006

Belo Lema


Coincidência ou não (?!), o meu desktop já aderiu!


Adoro o teu nome! É doce. É carinhoso. Faz-me lembrar quando era pequena e a minha mãe me chamava ......inha. Ou quando, na escola, inventavamos diminutivos para os nossos amigos, para que fossem mais nossos. Os nomes não se escolhem, mas acho que o teu, não podia ter sido melhor escolhido, assenta-te mesmo bem. Depois, há poucos! Tem algo de antiquado e ao mesmo tempo de infantil, isso agrada-me.

Quando olho para o teu nome, agora bordado, reconheço-lhe ainda mais atributos: começa por A (de amor), tem ascendentes e descentes, é mais reconhecível e menos monótono, e até dá para fazer "ligatures"! Além de tudo isso, não consigo distinguir esta palavra de TI! E se calhar é, só por isso, que gosto tanto deste nome.

domingo, maio 14, 2006

Post Primaveril


Obrigada Bia, pela ajuda!

sexta-feira, maio 12, 2006

Já falta pouco...


Querido Agostinho, o meu coração tem andado num turbilhão de sentimentos... entretanto termino o que comecei.

quarta-feira, maio 10, 2006

Paixão & Design

Respondendo a acusações anónimas de ser obsessiva, paranóica e doente: sim, sou obsessiva. Sempre fui. Que é o amor senão obsessão? E o que é o design (a comunicação) senão tentar chegar ao outro, interceptá-lo, procurar uma reacção? Para mim as duas são indissociáveis. Para mim design é amor, amor é design. Entendo o amor e o design, como meios e não como fins em si mesmos. Neste diário servem-se mutuamente para alcançar outro fim.

Para tentar chegar ao outro (a ti, Agostinho) arranjei uma forma bizarra de comunicar como se tivesse outra vez 13 anos. Pensar num post diferente todos os dias tem sido um entusiasmo, fazer um diário que é para o outro. Este diário é para o Agostinho. Se calhar isto assusta. Toda a comunicação tem público mesmo quando não nos apercebemos disso, estamos na intenção de alguém.

Depois dizem-me também uma coisa que é bem portuguesa: "arranja uma vida". Estranha expressão esta. Arranjar uma vida é negar a que tenho, é não gostar do que sou. Eu não fiz este diário porque não tenho uma vida. O amor é uma coisa, a vida é outra.

Os insultos não me preocupam mas esclareço: este é o espaço em que não procuro nada em troca. Este é um espaço de comunicação, de intercepção. Este é um espaço de amor e de design: de acção, percepção e afecção. Porque tento criar um ritmo de trabalho de um post diário, utilizando diferentes meios de acção (desde as cartas de amor, às imagens, etc...); tento estruturar uma narrativa; e finalmente espero, que tu, Agostinho, sejas o destinatário final de tudo o que faço. Este diário é para ti. Nunca sabemos a forma como afectamos o outro. Eu não sei o que pensas disto tudo. Já te disse. Já te perguntei. Provavelmente também me achas estranha, wwoooow... Mas, também estás à vontade para dizer que não queres nada disto. Para nunca mais consultares o diário. És inteiramente livre para o fazer. São todos. Se bem que, perdendo o meu principal destinatário, não faz sentido a comunicação.

Este diário é uma forma de (r)escrever a minha vida. E porque viver é uma coisa, amar é outra, este diário é o que é, e pronto!
"Arranja uma vida", mas isso eu já tenho, ou não?
"PERCEBES?!"

A minha história

Desde criança que me divertia com as aventuras da Lillibeth, tinha todos os livros!

Lia, relia, copiava os desenhos por cima, e sonhava com o Agostinho, um rapaz tímido, meio atrapalhado, mas muito querido e dedicado à sua amiga Lilli. Nas aventuras de Lillibeth, só há um interveniente: o Agostinho. Eram grandes companheiros de aventuras, e na infantilidade das histórias, cruza-se alguma tensão amorosa entre ambos, sempre algo ingénua. Estas aventuras são acompanhadas pelos sempre atentos gatos da Lilli, são 7 e têm todos nomes dos dias da semana (segunda, terça,...) Eu até inventava histórias para a Lillibeth...

Sempre procurei um Agostinho: quando tinha 10 anos apaixonei-me por um Agostinho apesar das nossas diferenças de idade. Tive um grande desgosto quando morreu, passados dois anos.

Para meu espanto, e passado tanto tempo, encontro o Agostinho!

terça-feira, maio 09, 2006

Onde está a Lilli?




Em homenagem ao grande Wally, proponho mais um joguinho. Encontra-me na multidão! Desta vez terás prémio!

segunda-feira, maio 08, 2006

Fim de semana:

Depois de dias agitados na cidade, aproveitei o sossego do campo e alguma inspiração para uma nova prova de amor.

quinta-feira, maio 04, 2006

Bibliografia 7

Bibliografia 6

Bibliografia 5

Bibliografia 4

Bibliografia 3

Bibliografia 2

Bibliografia 1

segue as pistas:

Biblioteca da escola; cota 30/62; página 25

quarta-feira, maio 03, 2006

Não queres



fazer as pazes?

Falta-me bordar o teu nome ao lado do meu... ainda estou a desenhar o lettering.

Bom dia

A verdade é que não considero o Agostinho um gajo (da espécie) como os outros. Por isso o escolhi...

e tu? não queres responder, agostinho...

Já percebi que és temperamental

terça-feira, maio 02, 2006

A primeira discussão!

Pois é, está mesmo a acontecer e à frente de toda a gente. Parece impossível! Num dia que era de festarol, estamos nós para aqui nisto... Estou desconsolada! Além de não passar a noite na tua companhia, ainda te mostras incompreensível! Mas pronto, o que vale é que até zangadinho és fofo!

Banda Sonora

Meu querido, esta era parte da banda sonora que tinha escolhido para nós. Também fico triste por não poderes aparecer. Sou optimista, e tenho a certeza que ainda vamos ter muitas mais oportunidades. Podemos interpretar este desencontro como um sinal: talvez ainda não estejamos preparados para nos conhecermos...

2 meses! a comemoração...

Para todos os curiosos
e um ou outro invejoso,
LILLI APRESENTA:

O MAGNÍFICO AGOOSSTIIINHO
e a sua estonteante t-shirt,
bordada à mão!!

SURPRESA!

segunda-feira, maio 01, 2006

Uma dúvida:

oh Agostinho, quem é esse rapaz que se apresenta como Marcos, e diz que estou a persuadir-te? Conhece-lo? Não sabias que já eras comprometido.(?) Prefiro que esclareças tudo, não gosto de desfazer relações a ninguém.
Estou inquieta...

bookcrossing do AMOR

Conhecer alguém nao será apenas isto: conhecer o seu desejo?

"INCONHECÍVEL. Esforços do sujeito apaixonado para compreender e definir o ser amado "em si" como tipo de carácter, psicológico ou neurótico, independentemente dos dados particulares da relação de amor.

Estou envolvido nesta contradição: por um lado, creio conhecer o outro melhor do que ninguém e afirmo-lhe isso triunfalmente (Conheço-te bem. Só eu te conheço bem!); e, por outro lado, sou muitas vezes assaltado por esta evidência: o outro é impenetrável, irreconhecível, intratável; não posso abri-lo chegar à sua origem, desfazer o enigma. De onde vem? Quem é? Esgoto-me, nunca o saberei. Conhecer alguém nao será apenas isto: conhecer o seu desejo?" R. Barthes

Responde-me tu...